1. |
Peso Morto
05:21
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Plumas soltas no ar
Seu gosto a dispersar
Longe de mim
às três da manhã
Lembra, não sou véu
Inda espero o seu sabor
De manhã
Ventos longos são seus
Plumas soltas são do ar
Não faz do seu ouro um peso morto
Não vá se esconder embaixo desse véu
Somos o oceano
Com pianos
Pra tocar quando quiser
Plumas soltas no ar
Ventos longos de manhã
Não faz do seu ouro um peso morto
Não vá se esconder embaixo desse véu
Somos o oceano
Com pianos
Pra tocar quando quiser
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2. |
Lesei
03:39
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Pelo menos
Vi cair sentado
Esse seu pudor
Feito escorregador
Compra lama na estação central
Joga o ouro no ventilador
Sabe o que é dar valor
Notei
Que eu carreguei o trigo
Mas eu não comi o pão
Você
Mirou no próprio umbigo
E não pediu perdão
Eu digo de antemão
Vai pro raio do inferno
Eu lesei
Não lembrei
O tempo que eu te dei
Você não descontou
Me cobrou
Outra vez
Eu sinto cheiro de esgoto
Nessa sua proposta
Pobre e podre
E se eu entrar pelo ralo
Triplicando a aposta
Ninguém te perguntou
Onde foi que eu errei
Contestei
O tempo que eu te dei
Você não se lembrou
Me cobrou
Outra vez
Outra vez
No celular
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3. |
Condor
05:33
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Abraçado a um javali
Viro o solo e o sal
Falsa água de um passarim
Escorre em espiral
Condenada por um juiz
Minha espinha dorsal
Sente a água que jorra em mim
E me desce tão normal
Desce outro
Me põe no dorso de um condor
Desce, condor
Me põe com os olhos de um senhor
Me põe que eu vou
Me põe que eu vou
Quero
Quero
Quero
Quero
Correr
Correr
Com outro fardo
Quero
Correr
Em quem mais o álcool jorrou?
Eu sou um fardo
Eu sou um fardo
Eu sou um fardo
Eu sou um fardo
Condor, condor, condor, condor
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4. |
Coliseu
03:25
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Ainda que vendado com um sopro eu te desmanchei
E então volto a descansar
Encharcado em meu suor
Posto em febre à luz do sol
Ainda que estancado
O sangue forja o cetro de um rei
Condenado à força do tempo
Fadado a um funeral
No centro do coliseu
A arte de ser normal
No estímulo final
Vai se achar
Ainda maior que eu deus
Ao ponto de perguntar
Se o espelho é o seu par
Ainda perfeito feito frutas pelo ar
Ainda que vendado face ao outro mundo então chorei
Não há nada a disfarçar
Ouço as notas ao redor
De outro canto fez-se um nó
Ainda que estancado o pranto
Talha a inscrição das leis
Ecoadas dentro do templo
Por vozes de um coral
No centro do coliseu
A arte de ser normal
No estímulo final
Vai se achar
Ainda maior que eu deus
Ao ponto de perguntar
Se o espelho é o seu par
Ainda perfeito feito frutas pelo ar
Ainda que vendado com um sopro eu te desmanchei
E então volto a descansar
Encharcado em meu suor
Posto em febre à luz do sol
Ainda que estancado
O sangue forja o cetro de um rei
Condenado à força do tempo
Fadado a um funeral
O medo de insetos
Sobre o corpo nu
Salvos do deserto
Nuvens sob o azul
São espelhos furta-cor
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5. |
Meridianos
03:35
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Me dá a cara
E não as costas
Pra me dobrar
É o que vale mais
E o relativo
É o que te sobra
Pra se escorar
Nas circunstanciais
Naquele dia que você me disse que em breve eu também ia me fuder
Naquele dia que você resolveu me dizer
O que já pensava há mais de meio ano
Eu confesso que eu também vinha pensando
Naquela porrada de planos
Que envolviam eu e você
E nós dois rodando nos meridianos
Parceria pra quê?
Amizade pra quê?
Eu e você
E nós dois rodando nos meridianos
O que aconteceu com nossos planos?
E agora vai dizer
Pros outros que não foi você
Que dormiu com a menina
Apenas numa circunstância
E que você não é mais esse cara que faz essas merda
E não sei mais o que
Ah, você já fez a merda
Agora assume e engole
Seu orgulho
Me dá a cara e não as costas pra me dobrar
E que ironia, não me convenceu
E a circunstância é que você sempre se embrulhou
É o que vai restar
Do que se afundou
Naquele dia em que você me disse que em breve eu também ia me fuder
Daquele dia que você resolveu me dizer
O que já pensava há mais de meio ano
Eu confesso que eu também vinha pensando
Naquela porrada de planos
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6. |
Eu Vou Pagar Pra Ver
03:40
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Eu vou pagar pra ver
Vou pagar pra ver
Mesmo cego, descalco
Eu vou pagar pra ver
Ja estou cego, farto
Ninguem lê placas de aviso
Quando o sangue esquenta
Meu irmão, eu sou a casa
O fogo e as cinzas
E se eu descansar
Eu não acordo mais
Se eu descansar
Eu não acordo mais
Se eu descansar
Eu não acordo mais
Mesmo se eu cansar
Pode me acertar no meio
Dispostos feito copos cheios
Eu vou pagar pra ver
Eu vou pagar pra ver
Eu não me importo mais
Eu não me importo
Não me importo
Somos um pavio
Envolto em gasolina
Meu peito se dilata
Conforme a sua pupila
E se há sobrevida
Não importa
Não importa
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7. |
Vontade
03:27
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O aquário à luz natural
Não se mostrou
Não se mostrou fundo
Como é ser natural?
Posso ou não posso rir?
Se o rio me dá pé
O lago tem que dar
Os peixes lembram disso
Posso vomitar?
Sinto ou não sinto dor?
Vontade vem e vai
O caldo entornou
Mais doce que qualquer licor
Bem lá no fundo da garganta
Não provoque o meu humor
Enquanto eu bebo eu não posso rir
Se o rio me der
Tanto faz se o lago não vai dar
Até meus peixes lembram
Como eu era antes de vomitar
Enquanto eu minto eu não sinto dor
Vontade vem e vai
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8. |
Embaixo da Escada
09:01
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Lençóis do avesso, sujos gastos cobrem a mesa do salão
Eu vi por baixo da escada
Virei do avesso a minha cara me vesti com seu perdão
E a boca presa lá fora
Vou rastejar de volta
Pro que eu faço toda noite
Meu jantar
Hoje eu sonhei com ostras
No mar vermelho que eu não vejo
Desde as dunas de Natal
E a boca presa lá fora
Vou rastejar de volta
Hoje eu sonhei com ostras
No meu jantar
Embaixo da escada
Embaixo da escada
Embaixo da escada
Embaixo da escada
Vou rastejar de volta
Com a boca presa lá fora
Eu me vesti com ostras
No mar vermelho
Toda noite
Sujo, gasto, pobre
Na mesa do salão
Vim buscar de novo o perdão
A boca presa lá fora
Vou rastejar de volta
Hoje eu sonhei com ostras
No meu jantar
Embaixo da escada
Embaixo da escada
Embaixo da escada
Embaixo da escada
Vou rastejar de volta
Com a boca presa lá fora
Eu me vesti com ostras
No mar vermelho
Toda noite
Sujo, gasto, pobre
Na mesa do salão
Vim buscar de novo o perdão
A boca presa lá fora
Vou rastejar de volta
Hoje eu sonhei com ostras
No meu jantar
Embaixo da escada
Embaixo da escada
Embaixo da escada
Embaixo da escada
Vou rastejar de volta
Com a boca presa lá fora
Eu me vesti com ostras
No mar vermelho
Toda noite
Sujo, gasto, pobre
Na mesa do salão
Vim buscar de novo o perdão
Com a boca presa lá fora
Vou rastejar de volta
Hoje eu sonhei com ostras
No meu jantar
Embaixo da escada
Embaixo da escada
Embaixo da escada
Embaixo da escada
Vou rastejar de volta
Com a boca presa lá fora
Eu me vesti com ostras
No mar vermelho
Toda noite
Sujo, gasto, pobre
Na mesa do salão
Vim buscar de novo o perdão
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